Corrupção desde a.C.

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Dracma, a moeda da Grécia Antiga

Desvios nos recursos destinados à realização dos jogos olímpicos são contestados a cada novo evento, mas isso não é novidade para o esporte. Na Grécia Antiga, os jogos passaram de uma festa para interação pacífica entre a população para uma forma de acumular dinheiro.

Os atletas representavam as cidades-estados onde nasceram. A vitória nos jogos conferia prestígio e poder à cidade campeã. Visando um melhor desempenho de seus atletas, as cidades-estados começaram a remunerar seus heróis, além de garantir alimentação balanceada e uma rotina exaustiva de treinos.

O que no começo servia como estímulo para honrar sua cidade natal, resultou em interesse material e corrompeu atletas que “se venderam” para outras cidades-estados, por oferecerem um “bolsa-atleta” mais atrativo. Isso causava a indignação da população, que via seus melhores competidores se aliando a outras cidades para enriquecer. Atletas que cometiam a traição eram punidos com o exílio de suas cidades.

Na XCVIII Olimpíada, o pugilista Eupolos subornou três de seus adversários para que ele ganhasse a competição. O senado da cidade de Olímpia resolveu punir os atletas corruptos com uma multa em dinheiro. Os recursos arrecadados foram usados para construir estátuas em homenagem a Zeus, sendo que em uma delas foi registrado a frase: “Não é com dinheiro, e sim com pernas rápidas e um corpo robusto que se alcança a vitória de Olímpia”.

*Foram usadas fontes documentais como livros de mitologia, edições especiais de revistas como a Veja Na História, sites escolares e documentários da TV Escola.

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